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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cold London


Novembro foi frio tanto para o corpo, como para o coração.

O stress é comum em qualquer país, já não ligo, até porque português que é português deixa tudo para a última, mas a saudade, essa sim, é mais forte.

Saudade de quem ficou, saudade do Tejo e do Chiado a espreitar lá de cima. Saudade de quem partiu, famílias e amigos, desconhecidos que à cultura muito deram. Saudade daquele espaço que é só meu (em reconstrução, mas que na minha mente é o meu paraíso).

Londres tem os seus senãos. Tanto tem gente afável e respeitadora, como tem bestas de pessoas cegas por um regime dictatorial imaginário em que o tempo é o ditador.
Mas Londres fria é um encanto. É o sair à rua e as luzes de Natal aquecerem os olhos, é o andar até o nariz pingar, mas ter sempre a sensação que quanto mais andarmos, maior é o mundo a descobrir. O verdadeiro tesouro de Londres são aquelas ruas escondidas entre o Soho e Convent Garden - ruas que imaginamos só existirem em cenários de cinema ou em postais requintados.

Novembro passou e trouxe o frio das memórias que não podem sair da caixa. Quando saiem essas memórias podem ser mais letais que qualquer veneno. Memórias de quem já nos acolheu o coração, daqueles que já cá não estão, daquilo que fizemos e que pensamos e que nunca deveríamos ter desenterrado.
Que Dezembro traga a neve para me encher de sonhos e que traga o cheiro a lenha que embala os nossos passeios. Que traga a felicidade a quem a nós se juntou e a quem por cá anda há mais tempo.

De cada vez que voltar a casa, trago Londres comigo, e penso o quão bom é ter outra perspectiva de sociedade e cultura.

Até breve,

Carol
xx