Há uma coisa que só em Lisboa (e talvez Paris) faço - é sair de casa e dizer 'Não sei quando volto' e andar, sem destino, com o ipod no bolso.
Andar, andar, andar como se eu estivesse na música que estou a ouvir.
Sinto todas as notas, todos os sussurros, todas as respirações e mesmo o ranger dos bancos do estúdio, sinto cada palavra que movo nos meus lábios sem emitir som... Sinto todas as asneiras que fiz, todas as pessoas que eventualmente magoei e todas as que me magoaram a mim, sinto todos os momentos especiais, sinto todos os momentos de saudade, sinto as lágrimas, sinto os sorrisos, sinto as perguntas que me correiem e quero ardentemente fazer, porque me quero magoar mais para depois seguir... Sinto o atravessar da rua, as folhas das árvores a dançarem umas com as outras...
Voltei.
Entro no quarto, miro-me naquele grande espelho durante horas. Não procuro beleza, nem egocêntrismo. Procuro-me. Às vezes procuro a raiva em mim, outras a casmurrice, outras a felicidade. Miro-me porque às vezes até tenho respostas.
Um dia, nós os dois vamo-nos sentar e eu vou perguntar-te tudo aquilo que quero ouvir. Vou ter coragem e libertar-me. E depois segues, como fizeste tão bem.
Na quarta vou pegar no ipod e vou-me perder em Londres, porque quero cantarolar todas as canções saudosistas e com memórias. A música é a minha essência. É a arte que me transfigura, que me ensina e que me cura.
E quando voltar rendo-me à vida novamente.
Andar, andar, andar como se eu estivesse na música que estou a ouvir.
Sinto todas as notas, todos os sussurros, todas as respirações e mesmo o ranger dos bancos do estúdio, sinto cada palavra que movo nos meus lábios sem emitir som... Sinto todas as asneiras que fiz, todas as pessoas que eventualmente magoei e todas as que me magoaram a mim, sinto todos os momentos especiais, sinto todos os momentos de saudade, sinto as lágrimas, sinto os sorrisos, sinto as perguntas que me correiem e quero ardentemente fazer, porque me quero magoar mais para depois seguir... Sinto o atravessar da rua, as folhas das árvores a dançarem umas com as outras...
Voltei.
Entro no quarto, miro-me naquele grande espelho durante horas. Não procuro beleza, nem egocêntrismo. Procuro-me. Às vezes procuro a raiva em mim, outras a casmurrice, outras a felicidade. Miro-me porque às vezes até tenho respostas.
Um dia, nós os dois vamo-nos sentar e eu vou perguntar-te tudo aquilo que quero ouvir. Vou ter coragem e libertar-me. E depois segues, como fizeste tão bem.
Na quarta vou pegar no ipod e vou-me perder em Londres, porque quero cantarolar todas as canções saudosistas e com memórias. A música é a minha essência. É a arte que me transfigura, que me ensina e que me cura.
E quando voltar rendo-me à vida novamente.
5 comentários:
Acho que essa pessoa não ia recusar.
P.S: Os estúdios têm paredes à prova de som, logo nunca poderias ouvir nada lá fora, quanto muito bancos a ranger :P
Não, não! Há músicas em que oiço os músicos a ajeitarem o rabo na cadeira. E sim, essa pessoa recusar-se-ia prontamente.
Então falamos de pessoas diferentes.
Por acaso penso em duas. A uma delas, nunca faria, por respeito e amor próprio.
O que acho importante aqui, é não te perderes... literalmente (?).
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