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quinta-feira, 13 de maio de 2010

De olhos abertos

Há momentos na vida em que uma pessoa não vê um palmo à frente dos olhos.

Por exemplo, quando estamos nervosos e procuramos algo ou alguém. No meio da confusão e da azáfama não reparamos que o objecto ou a pessoa está mesmo à nossa frente. Até aqui tudo bem, não é nada de grave.

Mas ocorrem situações que a pessoa pode prejudicar-se a sério com o facto de não ver um palmo à frente dos olhos.
Ler mal nas entrelinhas, ou pura e simplesmente, como me tem acontecido várias vezes ultimamente, ler erradamente o que me é dito numa mensagem são exemplos disso.

Mas o erro crasso é o do ser humano, especialmente quando está emocionalmente engajado. Este já me aconteceu um bom par de vezes - estar numa relação e não ver nada do que se passa à volta. Ou melhor, eu até via, mas não me dava ao trabalho de me importar por comodidade. Mas há pessoas que fazem ainda pior do que eu, que é não ligar nenhuma a pessoas ou acontecimentos à sua volta por querer dedicar-se à cara de metade. Isto não é inteiramente negativo, se fosse comigo eu gostaria dessa atenção, mas alertaria para essa eventualidade. Depois, se a relação acaba, um dos intervenientes acaba por abrir os olhos e ver aquilo que estava a perder - pessoas com quem dantes não travava conhecimento, não ligava e que agora têm toda uma intimidade. Chega até a ser irritante tal era o grau de cegueira.

Ou eu sou egoísta ou então sou apenas realista e tenho o prazer de dizer 'Eu bem te disse'.

1 comentário:

André Pereira disse...

O que andaste a perder, han?